Dica de hoje: Como conservar um vinho ja aberto?
O oxigênio é necessário para a produção do vinho, pois sem ele a fermentação não ocorreria. O O² permite o desenvolvimento e a transformação das qualidades do vinho durante a vindimação e o estágio em barricas de carvalho. Quando a garrafa é aberta e o vinho é exposto na taça, o oxigênio permite que, com o passar do tempo (alguns minutos, às vezes horas), uma pequena sinfonia de aromas se revele.
Mas o oxigênio também dá início a um processo oxidativo inevitável: Esse lento processo, mediado pela bactéria acética (acetobacter), transformará o vinho em vinagre se não houver o devido cuidado. Com o objetivo de retardá-lo, algumas práticas são adotadas para se conservar uma garrafa aberta em condições bebíveis.
O tempo hábil, após a abertura, pode variar em função do tipo do vinho. Mas, em termos gerais, pode-se considerar de dois a três dias a vida útil de um vinho médio, desde que sejam respeitadas algumas práticas. Por conservação, deve-se entender que o vinho continue aprazível, sabendo-se que inevitavelmente ele perderá o frescor e a vitalidade original, impossíveis de se recuperar.
Como o oxigênio é o vilão da história, deve-se procurar um obejto ou ação que evite, ao máximo, o contato entre o vinho e o ar. Pode-se remover o ar da garrafa (fazer um “vácuo”) ou introduzir um gás inerte, mais pesado do que o ar, que se deposite sobre a superfície do vinho, impedindo o contato com o ar.
O método do vácuo é, sem dúvida, o mais popular, pela facilidade de utilização, pelas rolhas reutilizáveis e pelo custo sem exageros. Conforme os fabricantes, os vinhos permanecem frescos durante uma semana. Acredita-se que o método pode funcionar sem mais problemas, mas a experiência mostra que, além do ar, no momento em que se cria o vácuo, os aromas do vinho são afetados.
Já estão disponíveis no mercado: Rolhas digitais que sugam o oxigênio da garrafa.
A utilização do gás inerte é simples e intuitiva. Trata-se de usar uma bomba que injeta um gás na garrafa, geralmente nitrogênio. Sendo mais pesado do que o ar, o gás se deposita no fundo. Apesar de funcional, esse é um sistema caro, pois não se reutiliza o gás inerte, e é difícil de determinar a quantidade de gás a ser injetado.
Pequenas bombas de gás inerte protegem seu vinho do contato com oxigênio e gases que o conferem odores e sabores estranhos.
Entretanto, a melhor solução é uma terceira opção, mais simples, mais barata, e que não exige qualquer tipo de investimento. Pode-se diminuir o contato entre o vinho e o oxigênio e aproveitar o frio como conservante natural ao transferir o vinho, não consumido, para uma garrafa menor, de 375ml ou 500ml (aquelas carinhosamente apelidadas de “meia-garrafa”). Arrolha-se essa garrafa para depois colocá-la em local climatizado. Esse método permite conservar um vinho por dois ou três dias, sem grandes deformações qualitativas. É uma forma econômica e despretensiosa de conservar a vida de um vinho!
Fonte da dica:
http://www.menuespecial.com.br/blog/2015/07/como-conservar-um-vinho-ja-aberto-2/