Atendendo à pedidos - com moderação

Pedido de vinhos no restaurante


Tomar apontamento do pedido dos vinhos num restaurante e servir o mesmo posteriormente não é tarefa fácil como parece à primeira vista.
Entram aqui em função factores físicos e psicológicos aos quais há que entender:

1. Em primeiro lugar é essencial que o escanção conheça o seu ofício, a sua lista de vinhos e tenha interesse e orgulho profissional que o leve à boa execução dos seus deveres.

2. O Aspecto psicológico revela-se logo que o cliente entra à porta do restaurante. De facto, há que não esquecer que nem todos os clientes foram educados no ambiente de “refeições Fora”, sentindo-se por conseguinte, desambientados num restaurante que lhes não é familiar.

3. Nem todos os clientes vão ao restaurante só com a intenção de tomar uma refeição normal. Para alguns isso é pretexto de uma comemoração especial, como seja um aniversário, uma conversa de negócios, etc.

Por tudo isso, a apreciação psicológica do cliente é fundamental e muito importante, até mesmo vital, impondo-se que os profissionais do restaurante sejam simpáticos, corretos, discretos e diplomáticos.
Um trato cortês é meio caminho andado para colocar o cliente à vontade, um tímido por exemplo, ou desarmar o mais belicoso.

Além de qualidades técnicas os profissionais dos restaurantes devem ter todas as condições para executar um serviço capaz, ou então criar essas condições tendo em conta o tipo de restaurante em que trabalham.

O bom êxito de um restaurante depende grandemente da venda de vinhos e similares. De fato grandes reservas e variedades de vinhos e colheitas. Só podem se a margem de lucro das vendas o justificar, pois de contrario, fica empatado muito capital sem reprodução.

Como todo o escanção, digno da sua própria insígnia, tem ou deveria ter orgulho que a sua casa represente uma vasta gama de vinhos; deverá ter em mente que a lista só poderá ser mantida graças ao seu esforço e do de todos aqueles que com ele são responsáveis pela venda de vinhos e bebidas congéneres. Com efeito deles depende o manter-se ou aumentar o volume de vendas.

Isto não significa que se deve empregar todo o zelo e esforço apenas no sentido de vender vinhos de marca afamada ou colheita, raros e caros, pois pode ser tão errado vender só destes como só dos mais baratos. Primeiro porque não há vinhos raros que cheguem para todos e, segundo, porque nem todas as pessoas podem adquirir tais bebidas, dado o seu alto preço, e até porque nem toda a gente os aprecia.

O escanção que pressionado a vender pelas mais diversas razões, obriga o cliente a pagar acima das suas posses, está a prejudicar o estabelecimento, visto que aquele evitará no futuro voltar. Receando ver-se em novo embaraço.

Acima de tudo o escanção deve respeitar o gosto pessoal de cada cliente que visita o seu restaurante pois “Quem paga escolhe.”

Fonte: José Carlos Santanita
Arte: www.vinicosta.com

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