Aroma de hoje: Ananás (abacaxi)



Ananás

Ás vezes uma nota refrescante de Ananás perfuma alguns vinhos brancos, com um toque de fantasia. O Ananás, um prazer para a vista, o nariz e a boca, mistura a sua fragrância, a sua cor e o seu sabor à gama dos aromas exóticos.

O Ananás é originário da Amazónia ou da Guiana. O seu nome latino provém de Nana, termo da língua dos Índios Guaranis, este fruto aclimatou-se nas regiões  tropicais da Ásia e África. Quando chegou da América á corte de Carlos V, o Imperador provou-o com desconfiança. No entanto, é muito benéfico para a saúde. Além disso, os seus ácidos são ideais para amaciar assados ( experimente injectar um pouco de sumo de Ananás, com uma seringa, no interior dos seus assados). Esta técnica já era usada Pelos Astecas para amaciar o colagénio da carne e torna-la mais suave.

O Ananás e o vinho

O perfume atraente do Ananás é característico da família dos aromas de frutas exóticas, como os de Manga, fruta da paixão (Maracujá), Lichia, Banana. Exceptuando esta última nota frutada, este grupo está presente sobretudo   nos vinhos brancos.

No caso do Ananás, trata-se, muitas vezes, de vinhos brancos jovens. Alguns Ocidentais – Sobretudo pessoas de certa idade menos acostumadas ao consumo de frutas exóticas – não têm este aroma na sua memória olfativa e por isso não o citam na sua prova olfativa .

Os aromas de Ananás maduro – mais finos e mais nobres – encontram-se sobretudo em certos vinhos brancos, fermentados em madeira, junto com intensos e ricos perfumes de melão maduro. Não correspondem portanto, á identificação fácil do ananás com o vinho novo.  Em alguns Arinto, Riesling de boa colheita ou de clima luminoso pode aparecer a nota de Ananás, bem encadeada com os frutos cítricos que são típicos destas Variedades.

Quando os aromas de Ananás correspondem a notas mais Acidas, costuma tratar-se de vinhos Jovens.
Encontramos este aroma nos vinhos produzidos em climas mais frios.

Estes aromas de Ananás também podem encontrar-se no sauvignon Blanc envelhecido na madeira, encontrá-los-á da Califórnia á Nova Zelândia  e de Graves ao Chile.

Procure também esta Fragrância exóticas, nos vinhos Arinto, Antão vaz, Alvarinho, e mesmo nos vinhos elaborados a partir da casta Siria ( Roupeiro) desde que sejam fermentados a baixas temperaturas.  

Nos branco nascidos da aliança, das castas Roussanne e Marsanne esta nota também esta presente. Ás vezes emitem uma nota de caril, que combina muito bem com o perfume deste fruto tropical.

Fonte: José Carlos Santanita

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