ALVARINHO PALÁCIO DA BREJOEIRA - VINHO VERDE


Produzido em Monção-Brejoeira, inserido na região dos Vinhos Verdes: ( D.O.C.)








A região dos vinhos verdes é composta por uma paisagem de um verde luxuriante de relevos muito variados e exposição atlântica acentuada. O vinho verde que só o noroeste de Portugal pode produzir, conforme foi aceite pela comunidade internacional, obteve a denominação de origem “VINHO VERDE”. Os espanhóis tentaram que a vizinha Galiza, com vinhos muito parecidos, pudessem usufruir da mesma denominação de origem, mas Portugal impôs-se e conseguiu que esta denominação fosse concedida exclusivamente ao vinho da região do Minho. No entanto os espanhóis conseguiram continuar a produzir alvarinho na região da Galiza sob a Denominação de Origem “Rias Baixas”.

O Vinho verde tem atrás de si longos anos de história, mais ou menos semelhante à de outros vinhos da Península, e que os romanos foram os grandes artífices. A região vinhateira entre Minho e Douro mereceu, há dois mil anos, referencias escritas de Estrabão, Séneca e Plínio.
No Século X, as cartas de herdamento de Santa Eulália de Nespereira (949) documentam, inequivocamente, a cultura da vinha na região.

No Século XIV, entre 1336 e 1339, apareceu na Inglaterra um novo vinho procedente de Portugal “Riptage”, importado ao que parece, da região do Minho: Mais tarde, no Século XVI (1577), Shakespeare em “Henrique IV” parte 2, faz referência a um vinho procedente de Portugal chamado “Charneco”, o qual poderia ser um vinho exportado pela barra de Viana do Castelo, como refere John Croft alguns anos mais tarde, no “Teatrice on the Wines of Portugal”.


  • Em 1908 esta região foi demarcada, coincidindo com a quase totalidade da província do Minho.
  • Em 1929 foi novamente reajustada a sua delimitação.
  • Em 1973 consegue-se em Genebra a aprovação da Denominação de Origem.
  • Em 1992 foi ainda reajustada a sua delimitação conforme Decreto-Lei nº 10/92.

SOLOS
Os solos são de componente granítico de reacção ácida.

CASTAS
A Casta Alvarinho. Sub-regiões de Monção e Melgaço.

CLIMA
Estas sub-regiões não estão tão expostas ao clima atlântico, já que o vale do Minho e a Serra da Galiza lhe conferem um microclima mais suave.

RENDIMENTO POR HECTARE
O rendimento por hectare é de 50 hl.

CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS
O teor alcoólico natural mínimo, a 20ºC é de 10% por volume.
Teor alcoólico adquirido, a 20ºC é de 11,5%. O vinho Verde Palácio da Brejoeira tem como média de teor alcoólico por volume 12,5%. Pode chegar perfeitamente aos 13,5%.

Este vinho pode apresentar uma cor palha aberto com nuances esverdeadas. O teor alcoólico elevado contrariado por uma acidez fixa também elevada dá a este vinho umas características únicas. Sabor delicado, encorpado, macio, acídulo, quente, frutado, fresco e aromático. O calor é transmitido pelo elevado teor alcoólico; a macieza pela glicerina; a frescura pela acidez e pelo gás carbónico; o frutado e o aromático pela casta. É difícil encontrar num vinho só com tal complexidade de sabores. É um dos poucos vinhos verdes que pode inclusive envelhecer. É sem favor, um dos melhores brancos do mundo. Segundo os Ampelógrafos. A casta Alvarinho, assim como o Arinto não são mais que Rieslings trazidas pelos Cruzados da Alemanha e adaptadas as respectivas regiões, no entanto existem divergências nas opiniões. Uma coisa é certa, os Monges de Cister, trouxeram para a Galiza Castas oriunda do Reno.

PROPRIEDADE

A propriedade onde se produz o Palácio da Brejoeira situa-se na localidade da Brejoeira cerca de Monção. A quinta está embelezada pelo Palácio do mesmo nome, pertença da D. Maria Hermínia Silva Paes.Palácio do Século XVII, estilo Barroco. Por gentileza da D. Maria Hermínia Paes, tivemos o privilégio de visitar.Em 1977 é produzido o primeiro vinho Palácio da Brejoeira. Anteriormente as uvas eram vendidas para outras adegas de Monção. Em 1981 é construída uma nova adega com alguma tecnologia de ponta, sem no entanto descorar a parte artesanal de como o vinho é feito. A vindima é feita atempadamente e as uvas escolhidas bago a bago. Quando os vinhos não têm qualidade suficiente para serem considerados “Palácio da Brejoeira”, são destilados

Os melhores anos foram: 2009,2010;2012.
Produzido por: Palácio da Brejoeira - Viticultores S.A. 
Para os devidos efeitos apresentamos uma ficha técnica do 2009, que foi um ano excepcional e que ainda se encontra em perfeitas condições de consumo, quando devidamente acondicionado.

Castas: Vinho Branco 100% da casta ALVARINHO 

Análise Química: Titulo Alcoométrico volúmico total ----- 13,00 % vol 
Acidez total ----- 5,9 g / dm3 em ác. Tartárico 
Acidez fixa• ----- 5,6 g / dm3 em ác. Tartárico 
Acidez volátil ----- 0,20 g/dm3 em ác. Acético 
Extrato-seco total ----- 21,2 g/ dm3 
Açúcares redutores --- 2,3 g/ dm3 
PH----- 3,25 
SO2 livre ----- 30 mg / litro 
SO2 total ----- 125 mg / litro 

Apreciação Organoléptica:
O Vinho Alvarinho Palácio da Brejoeira é um vinho Branco produzido na quinta do Palácio da Brejoeira em Monção, no coração da sub-região de Monção e Melgaço, exclusivamente com base na casta Alvarinho. 
A colheita 2009 foi engarrafada no inicio do corrente ano 2010, após estágio sobre as borras finas. Sendo um vinho jovem, ganha entretanto complexidade com algum estágio em garrafa. À prova revela uma cor brilhante, palha aberto, com reflexos citrinos. O aroma é tipicamente à casta, intenso e delicadamente frutado com notas de fruta de caroço e ligeira compota. Na boca mostra-se um vinho cheio, com um sabor complexo, fruta bem madura, harmonioso e um final muito longo e persistente. 

  • Deve ser servido a uma temperatura de 12ºC. 
  • Este vinho serve como aperitivo e acompanha em perfeita harmonia com os pratos de carnes brancas, peixe e marisco. 
O vinho Alvarinho Palácio da Brejoeira é o resultado da conjugação das excepcionais condições naturais para a cultura da casta Alvarinho, aliada a uma viticultura moderna que produz uvas de excepcional qualidade, vinificadas de acordo com processos tecnológicos extremamente cuidados, de modo a preservar e realçar as características ímpares da nobre casta Alvarinho, aqui reveladas na sua máxima originalidade. 

Engº João Garrido — Enólogo 
Ficha Técnica Vinho Alvarinho “PALÁCIO DA BREJOEIRA” Colheita 2009 

Compilado por Orlando Iglésias

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