Série Vinhos do Porto - Néctar dos Deuses - Parte 2




















O Douro e sua história

Durante a ocupação romana se cultivava a vinha e se fazia vinho nos vales do Alto Douro. Contudo, foi na segunda metade do século XVII que se deu a grande expansão do "Vinho de Riba D'Oyro", mais tarde chamado "Vinho de Embarque" e, posteriormente, "Vinho do Porto".

O Tratado de Methwen (1703), assinado entre Portugal e a Grã-Bretanha, contribuiu para a popularidade deste vinho que beneficiava de taxas aduaneiras preferenciais. Com o objetivo de disciplinar a produção, a qualidade e o comércio deste vinho, o Marquês de Pombal, em 1756, demarcou a Região do Douro com a criação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro tornando-se, assim, a primeira região demarcada e regulamentada do mundo.

Solo e região

Os solos durienses são essencialmente compostos por xisto grauváquico embora, em algumas zonas, existam solos graníticos. Estes solos são particularmente difíceis de trabalhar e no Douro a dificuldade é agravada pela forte inclinação do terreno. Por outro lado, estes solos são benéficos para a longevidade das vinhas e permitem mostos mais concentrados de açúcar e cor.


Melhor vinho do Porto é feito nas encostas mais áridas e próximas do rio, enquanto os vinhos de mesa são produzidos nas encostas mais frescas.

A região do Baixo Corgo, outrora considerada a melhor região para a produção do vinho do Porto, revela melhores condições para a produção de vinho de mesa. No Baixo Corgo o ar é mais húmido e fresco, pois recebe ainda alguma influência atlântica. Além disso, a pluviosidade é mais elevada, ajudando a fertilizar os solos e a aumentar a produção.

Na zona do Pinhão (Cima Corgo) o clima é mediterrâneo e os bagos de uva atingem maior concentração de açúcar, sendo uma área considerada perfeita para a produção de vintages.

Os vinhos brancos, espumantes e o generoso Moscatel provêm das regiões mais altas de Cima Corgo e Douro Superior. Na região do Douro Superior  o clima chega mesmo a ser desértico (as temperaturas chegam aos 50ºC no Verão).

Fonte: José Carlos Santanita


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