Cristal o Champanhe dos Czars
Orlando Iglésias
Este Champanhe da casa Roeder foi o champanhe do czar Alexandre II. O chambellan (espécie de copeiro mor) do czar, vinha a Reims provar os melhores vinhos de champanhe da Roeder e engarrafava-os em garrafas de cristal, daí o nome de cristal.
O champanhe Cristal é actualmente o Champanhe do Palácio do Eliséu e da Coroa Britânica, tendo uma produção bastante pequena, cerca de 300.000 garrafas, a procura ultrapassa mais de 200 por cento a produção. Por esse facto estes champanhes são rateados e só os grandes clientes são contemplados em tão árdua disputa.
O Champanhe Cristal, tal como hoje o conhecemos, é um champanhe recente, as primeiras couvés, dignas de nome datam de 1924 com uma produção de cerca de 25.000 garrafas.
O CHAMPANHE DOS CHAMPANÓPHILOS
Todos os grandes apreciadores de champanhe são unânimes em dizer que este é o número um de entre os melhores champanhes. Sem concorrente a altura e com uma produção relativamente pequena, o champanhe Cristal revaloriza-se todos os anos. As cerca de 300.000 garrafas que são produzidas em anos Vintage, são disputadas pelos melhores restaurantes do mundo para não falar da casa real inglesa e o Eliséu os quais têm a sua quota-parte assegurada.
LA BEAUTÉ DE CRISTAL
A escritora inglesa Serena Sutcliffe, mulher esbelta e bela, excelente provadora, licenciada em Master of wine, revela, no seu soberbo livro-album La celebration du champagne, que ela dedicou à Roeder. Dependente de Roeder como um toxico- dependente da sua dose, visceralmente ligada as couvées desta casa de Reims, fundada em 1776 e em que o seu nome foi dado a conhecer ao mundo em 1835 por Luis Roeder, um pioneiro do vinho dourado – o primeiro a conquistar o mercado russo. Cristal, o néctar dos czares, tão apreciado pelos champagnophilos.
Quem não apreciará Cristal e Brut Premier, o seu delfim brut, no padestal da hierarquia champanhesa? Que champagnophilo sério não tem na memória, no gosto das suas papilas, a recordação do sabor do Cristal, saboreado no recolhimento e admiração sublime?
Que marca concilia melhor o corpo e a finura, a elegância e a vinosidade – este estilo marcado por um inteligente equilíbrio sinfónico, orquestral? Como descrever o sabor e aroma Roeder? Questiona-se Serena Sutcliffe com razão. A alma e o corpo? De Bach!
Que casa – como Bollinger, Crug, Deutz, Pol Roger – ressalta mais elementos positivos, geradores de qualidade, no que concerne a sua história, do seu passado, das suas vinhas e do seu savoir-faire e dos seus rótulos? Luis Roeder ou o modelo perfeito.
Ela é gerida por Frédéric Rouzaud, enólogo licenciado pela universidade de Montpellier, reconhecido pelos seus companheiros como um dos mais prestigiados enólogos de champanhe – como Yves Vernard, André Lallier, Bernard de Nonancourt, os irmãos Krug. Como esculpir, transmitir o gosto da casa se não se apanhou os banhos da degustação, e se lhe e se foi ouvindo os comentários correctos? O gosto e perfume de Roeder, dizia, Coquelet, genial mestre de cave durante quarenta anos, é encorpado, fino, frutado.
A produção da casa Roeder não chega aos 2,5 milhões de garrafas, onde em anos de excepcional produção a Cristal pode atingir 500,000 garrafas.
Roeder possui 240 hectares de vinha repartidas pelas três grandes regiões de champanhe, que corresponde a cerca 70% a 80% das suas necessidades, entre Montagne de Reims, Vallée de la Marne e Côte de Blanc.
Para os Crus top, Verzenay e Vercy dão o corpo, os belos Pinot-Noirs de Louvois, Cumières. Hautvillers e Ay para o frutado, os Chardonnays de Choully, Crement e Avize. Mesnils e Vertus para a finura, a frescura e a subtileza. As Couvées de Roeder são tudo arte, graça e fantasia.
Os vinhos Millésimés são estagiados durante um mínimo de 5 anos e os brutos sem data 3 anos.
Os vinhos reserva são clarificados em tonéis de 40 hectolitros a uma temperatura de 12º.
A Couvée Cristal é composta, conforme o ano, de 50 a 60% de Pinot-Noir e 40 a 50% de Chardonnay. Na vindima o Eplusage é uma norma, só os cachos mais maduros e sãos são utilizados nas grandes Milléssimés.
A celebridade do Champanhe Cristal deve-se, sobre tudo, a sua qualidade mas também a sua história e a sua garrafa. Vinho dos melhores restaurantes de todo o mundo, poucos têm tido a felicidade de provar tão precioso néctar, mas como dizia Rablais, aquele que o prova uma vez fica com o seu sabor pela eternidade.
A belle Pompadour, amante de Luis XV, imortalizou o champanhe, tendo deste: a sensualidade do seu borbulhar, a energia do seu corpo, os encantos da sua elegância e a frescura do seu aroma.
Amigo sedento ou apresado, alegre ou atarefado, se mereces alguns destes epítetos com que a ti me dirijo, não deixes de seguir o conselho que a Panurgo, o amigo inseparável do Príncipe Pantagruel, deu a “Dive Bouteille” e que serve de remate a imortal obra de Rablais “Bebe”!... Se estás sedento apagarás a tua sede, se apresado afogarás as tuas penas, se alegre aumentarás o teu regozijo, se estás desocupado encontrarás distracção, se atarefado alívio. Bebe, mas bebe com moderação!
Um bom champanhe pode quebrar o gelo entre tí e a mulher que parece ser a dos teus sonhos, aproxima as pessoas, uma conquista que parecia distante pode tornar-se acessível. O champanhe tem todos os encantos que a mulher tem, por isso elas se identificam tanto com ele.
Actualmente a Roederer pertence ao grupo Franco-Suiça.
Melhores anos de colheita:
1974: elegante, encorpado, aromático e a especiarias. Ideal para final da refeição;
1977: o Cristal dos sonhos. De grande arte, indiscritível, fino, elegante;
1982: possante e leve. A raça, todas as qualidades de um grande champanhe;
1983: possante, fino, frutado, para guardar. Em 2010 estava espectacular
1985: possante, frutado, ainda um pouco duro, para guardar. Quem goste de champanhes com alguma idade.
1994: outro grande dos “premiers crus” .Para beber agora.
2005: foi um ano de feição para toda a França, especialmente para a região de Champagne, ainda um pouco duro, pode esperar.
2006: promete, deve-se esperar até 2015.
Este Champanhe da casa Roeder foi o champanhe do czar Alexandre II. O chambellan (espécie de copeiro mor) do czar, vinha a Reims provar os melhores vinhos de champanhe da Roeder e engarrafava-os em garrafas de cristal, daí o nome de cristal.
O champanhe Cristal é actualmente o Champanhe do Palácio do Eliséu e da Coroa Britânica, tendo uma produção bastante pequena, cerca de 300.000 garrafas, a procura ultrapassa mais de 200 por cento a produção. Por esse facto estes champanhes são rateados e só os grandes clientes são contemplados em tão árdua disputa.
O Champanhe Cristal, tal como hoje o conhecemos, é um champanhe recente, as primeiras couvés, dignas de nome datam de 1924 com uma produção de cerca de 25.000 garrafas.
O CHAMPANHE DOS CHAMPANÓPHILOS
Todos os grandes apreciadores de champanhe são unânimes em dizer que este é o número um de entre os melhores champanhes. Sem concorrente a altura e com uma produção relativamente pequena, o champanhe Cristal revaloriza-se todos os anos. As cerca de 300.000 garrafas que são produzidas em anos Vintage, são disputadas pelos melhores restaurantes do mundo para não falar da casa real inglesa e o Eliséu os quais têm a sua quota-parte assegurada.
LA BEAUTÉ DE CRISTAL
A escritora inglesa Serena Sutcliffe, mulher esbelta e bela, excelente provadora, licenciada em Master of wine, revela, no seu soberbo livro-album La celebration du champagne, que ela dedicou à Roeder. Dependente de Roeder como um toxico- dependente da sua dose, visceralmente ligada as couvées desta casa de Reims, fundada em 1776 e em que o seu nome foi dado a conhecer ao mundo em 1835 por Luis Roeder, um pioneiro do vinho dourado – o primeiro a conquistar o mercado russo. Cristal, o néctar dos czares, tão apreciado pelos champagnophilos.
Quem não apreciará Cristal e Brut Premier, o seu delfim brut, no padestal da hierarquia champanhesa? Que champagnophilo sério não tem na memória, no gosto das suas papilas, a recordação do sabor do Cristal, saboreado no recolhimento e admiração sublime?
Que marca concilia melhor o corpo e a finura, a elegância e a vinosidade – este estilo marcado por um inteligente equilíbrio sinfónico, orquestral? Como descrever o sabor e aroma Roeder? Questiona-se Serena Sutcliffe com razão. A alma e o corpo? De Bach!
Que casa – como Bollinger, Crug, Deutz, Pol Roger – ressalta mais elementos positivos, geradores de qualidade, no que concerne a sua história, do seu passado, das suas vinhas e do seu savoir-faire e dos seus rótulos? Luis Roeder ou o modelo perfeito.
Ela é gerida por Frédéric Rouzaud, enólogo licenciado pela universidade de Montpellier, reconhecido pelos seus companheiros como um dos mais prestigiados enólogos de champanhe – como Yves Vernard, André Lallier, Bernard de Nonancourt, os irmãos Krug. Como esculpir, transmitir o gosto da casa se não se apanhou os banhos da degustação, e se lhe e se foi ouvindo os comentários correctos? O gosto e perfume de Roeder, dizia, Coquelet, genial mestre de cave durante quarenta anos, é encorpado, fino, frutado.
A produção da casa Roeder não chega aos 2,5 milhões de garrafas, onde em anos de excepcional produção a Cristal pode atingir 500,000 garrafas.
Roeder possui 240 hectares de vinha repartidas pelas três grandes regiões de champanhe, que corresponde a cerca 70% a 80% das suas necessidades, entre Montagne de Reims, Vallée de la Marne e Côte de Blanc.
Para os Crus top, Verzenay e Vercy dão o corpo, os belos Pinot-Noirs de Louvois, Cumières. Hautvillers e Ay para o frutado, os Chardonnays de Choully, Crement e Avize. Mesnils e Vertus para a finura, a frescura e a subtileza. As Couvées de Roeder são tudo arte, graça e fantasia.
Os vinhos Millésimés são estagiados durante um mínimo de 5 anos e os brutos sem data 3 anos.
Os vinhos reserva são clarificados em tonéis de 40 hectolitros a uma temperatura de 12º.
A Couvée Cristal é composta, conforme o ano, de 50 a 60% de Pinot-Noir e 40 a 50% de Chardonnay. Na vindima o Eplusage é uma norma, só os cachos mais maduros e sãos são utilizados nas grandes Milléssimés.
A celebridade do Champanhe Cristal deve-se, sobre tudo, a sua qualidade mas também a sua história e a sua garrafa. Vinho dos melhores restaurantes de todo o mundo, poucos têm tido a felicidade de provar tão precioso néctar, mas como dizia Rablais, aquele que o prova uma vez fica com o seu sabor pela eternidade.
A belle Pompadour, amante de Luis XV, imortalizou o champanhe, tendo deste: a sensualidade do seu borbulhar, a energia do seu corpo, os encantos da sua elegância e a frescura do seu aroma.
Amigo sedento ou apresado, alegre ou atarefado, se mereces alguns destes epítetos com que a ti me dirijo, não deixes de seguir o conselho que a Panurgo, o amigo inseparável do Príncipe Pantagruel, deu a “Dive Bouteille” e que serve de remate a imortal obra de Rablais “Bebe”!... Se estás sedento apagarás a tua sede, se apresado afogarás as tuas penas, se alegre aumentarás o teu regozijo, se estás desocupado encontrarás distracção, se atarefado alívio. Bebe, mas bebe com moderação!
Um bom champanhe pode quebrar o gelo entre tí e a mulher que parece ser a dos teus sonhos, aproxima as pessoas, uma conquista que parecia distante pode tornar-se acessível. O champanhe tem todos os encantos que a mulher tem, por isso elas se identificam tanto com ele.
Actualmente a Roederer pertence ao grupo Franco-Suiça.
Melhores anos de colheita:
1974: elegante, encorpado, aromático e a especiarias. Ideal para final da refeição;
1977: o Cristal dos sonhos. De grande arte, indiscritível, fino, elegante;
1982: possante e leve. A raça, todas as qualidades de um grande champanhe;
1983: possante, fino, frutado, para guardar. Em 2010 estava espectacular
1985: possante, frutado, ainda um pouco duro, para guardar. Quem goste de champanhes com alguma idade.
1994: outro grande dos “premiers crus” .Para beber agora.
2005: foi um ano de feição para toda a França, especialmente para a região de Champagne, ainda um pouco duro, pode esperar.
2006: promete, deve-se esperar até 2015.