Nanni Moretti brinda em Cannes com vinho do Porto

O vinho português mais conhecido em todo o mundo volta a "desfilar" este ano na passadeira vermelha do festival de cinema. Em França bebe-se mais vinho do Porto do que em Portugal.
Pelo terceiro ano consecutivo, o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto leva na “mala” diferentes variedades de vinho do Porto para partilhar com os actores, realizadores, produtores e jornalistas que se encontram junto à praia Magestic Barriere até 22 de Maio.

A 65.ª edição do Festival de Cinema de Cannes é presidido pelo actor e realizador Nanni Moretti. No momento da consagração, o italiano e o vencedor da Palma de Ouro irão brindar ao sucesso com um vinho do Porto. 

Acontecerá em solo francês, naquele que é o principal mercado para o vinho do Porto – representa perto de 30% das exportações –, onde inclusive o ex-libris da mais antiga região demarcada do mundo se vende mais do que em Portugal.

Esta é uma acção incluída no plano de promoção e internacionalização do instituto público, que este ano mobilizou um investimento total de 2,3 milhões de euros (abaixo dos 2,8 milhões de 2010 e dos 2,7 milhões de 2011) que visa contrariar a quebra no posicionamento comercial do vinho do Porto ao longo da última década.

Em 2011, o sector registou uma quebra homóloga de 4,1% nas vendas, que caíram 15,3 milhões de euros, para 355,5 milhões de euros, devido à comercialização de menos 417.720 caixas (de nove litros) de vinho do Porto. A quebra em volume foi até ligeiramente superior (4,4%), porém foi aligeirada pela subida de um cêntimo no preço por litro, para 4,31 euros.

Em entrevista ao Negócios, publicada em Janeiro, o presidente do IVDP reconheceu não dispor de dados objectivos que permitam uma avaliação precisa sobre o sucesso dessas iniciativas em festivais de cinema – a Cannes soma-se a presença em San Sebastian.

Manuel Cabral sublinhou que o conselho interprofissional, composto pelos produtores e pelos comerciantes, deu o aval para que se mantivessem estas acções no plano, embora numa atitude “mais vigilante”, que a nova presidência do instituto, nomeada em Novembro do ano passado pelo Ministério da Agricultura, quer adoptar.




Saudações Vinicas: Jose Carlos Santanita

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